Os
Primitivos habitantes do RN
O
Rio Grande do Norte foi habitado pelos animais da megafuna na era Cenozóica
e, dos estudos realizados sobre o assunto, é possível chegar
a duas conclusões, como disse Tarcísio Medeiros:
"a)
A extinção dos grandes mamíferos processou-se mais
recentemente do que se supõe em partes dessa região."
"b)
Que a presença do homem, em comum com esses animais da megafauna
no mesmo território, é mais antiga do que se considera habitualmente".
Exemplo
dessa presença humana no Nordeste: Chá do Caboclo (Pernambuco).
Os
primitivos habitantes eram formados pelos grupos de caçadores e
coletores. Os homens contemporâneos da megafauna deixaram vestígios
que se encontram nos sítios Angicos e Mutamba II. Diversos estudos
arqueológicos foram feitos pelo Museu Câmara Cascudo, tendo
à frente o pesquisador A. F. G. Laroche que, com suas investigações,
em Pernambuco e no Rio Grande do Norte, forneceu importantes subsídios
para a pré-história nordestina. Nássaro Souza Nasser
e Elizabeth Mafra Cabral analisaram as inscrições rupestres
do Estado, publicando posteriormente um estudo sobre o assunto. A arqueóloga
Gabriela Martín, da Universidade Federal de Pernambuco, pesquisou
intensamente as inscrições rupestres do Rio Grande do Norte,
resultando em estudos como o intitulado "Amor, Violência e Solidariedade
no Testemunho da Arte Rupestre Brasileira". Participou também do
"Projeto Vila Flor", financiado pelo SPAN/Pró-Memória, cujo
objetivo era o "estudo arqueológico e levantamento da documentação
histórica da Antiga Missão Carmelita de Gramació".
A mesma pesquisadora recentemente publicou um livro sobre a pré-história
do Nordeste.
Na
fase Megalítica, os homens se tornaram sedentários. O pesquisador
Nássaro Nasser descobriu as "Tradições Cerâmicas",
chamadas de Papeba e Curimataú. O professor Laroche, por sua vez,
encontrou vestígios de diversas culturas pré-históricas,
sendo a mais antiga do sítio "Mangueira", em Macaíba.
O
professor Paulo Tadeu de Souza Albuquerque, coordenador do Laboratório
de Arqueologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Larq/UFRN),
realizou uma série de pesquisas, trazendo novas luzes sobre o longínquo
passado potiguar. Participou de escavações realizadas na
Fortaleza dos Reis Magos e na antiga catedral, onde encontrou o túmulo
de André de Albuquerque Maranhão.
Alberto
Pinheiro de Medeiros, coordenando investigações de alunos
da UFRN, enveredou por outras vertente sobre o tema pesquisado, chegando
a sistematizar uma alternativa - descrita no item sobre as inscrições
rupestres, mostrado a seguir que poderia ser acrescida às conclusões
já apresentadas sobre os primeiros habitantes do Rio Grande do
Norte.
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